JOÃO ARLINDO DA COSTA - A humanist lawyer

  Quisera eu marcar o tempo. O tempo não me pertence.  Flutivago e soberano Vaga-se ano após ano   Meio assim "nonsense", Verdadeiro contrasenso.  Quisera eu marcar o tempo, Só pra deixar registrado  Que apesar do desatino,  Que apesar do destino,  Apesar do emaranhado,  Escapei do desalento.  Quisera eu lograr ao tempo. Massacrar chronos inteiro; Vencer os dias sem perdas, Para quando viesse as merdas  Eu saísse sorrateiro  Por entre as frestas do tempo.

Saiu faísca de mim. Senti um riscar de fogo, Me arrepiei feito lobo, Meus sentidos em motim. São esses seus feronomas Que enchem a atmosfera  E me transforma em fera; Me entumece e tenciona. E nesse torvelinho  Eu quero mudar para Vénus. Uma estada, pelo menos, Para não me acabar sozinho. "Pode até parecer fraqueza Pois que seja fraqueza então..." So não quero ficar à mão, Ébrio de tanta beleza. 

Os bons ouvintes são extremamente populares porque oferecem às pessoas que estão ouvindo exatamente o que elas desejam: uma oportunidade de contar sua história. Os bons ouvintes entendem que poucas pessoas se dedicam a ouvir sua história. Por outro lado, todo mundo está morrendo de vontade de contar sua história para alguém que está disposto a ouvir com atenção. Portanto, se você reservar um tempo para oferecer às pessoas a oportunidade de contar suas histórias, não apenas fará com que ganhe o dia delas; você começará a atrair pessoas em sua direção como um ímã. Como escreveu o escritor francês Jules de Goncourt: "Nunca fale de si mesmo para os outros; faça-os falar de si mesmos; aí reside toda a arte de agradar". Todo mundo sabe disso, mas todo mundo esquece. A lição aqui é que, se você fizer questão de se tornar um bom ouvinte, também se tornará um indivíduo muito popular.  (Adaptado com autorização do autor de: Ross Reck in    http://www.rossreck.com) Eu estou espera

Parte do nosso sucesso interpessoal está ligada a dizer a coisa certa no momento certo. Mas, uma parte ainda maior desse sucesso está ligada a sermos capazes de evitar dizer a coisa errada no momento tentador. Há momentos em que nós queremos falar com alguém e dizer exatamente o que estamos pensando a seu respeito, porque, na nesse momento, ah! isso nos faria sentir tão bem... Na realidade, tudo o que você ganha com tal comportamento é reforçar uma inimizade que, provavelmente está à procura de uma chance para reatar o relacionamento com você. Provavelmente pode ser alguém que está reclamando do seu comportamento anterior que o magoou e de como isso afetou o relacionamento de vocês tornando a vida de ambos menos feliz e mais difícil. Então, da próxima vez que você for tentado a dizer a sua verdade a alguém ou pagar-lhe com a mesma moeda, respire fundo, deixe-o ir e seguir em frente. A longo prazo, você ficará feliz por ter feito isso.

Um conhecido perdeu o filho em um estúpido acidente no dia 30/09/2014. Foi um choque tremendo, inclusive por que ele tinha apenas 37 anos de idade, era um cara maravilhoso,  tirocínio espetacular e grande coração e dono de um incrível senso de humor. Ele fará muita falta para todos que o conheciam. Em uma conversar após o infortúnio, o pai dele assim se expressou: __Eu me sinto muito feliz que as últimas palavras ditas entre ele, sua mãe e eu, antes de sairmos de férias foram: "Eu te amo". Isso não faz com que a nossa dor seja menor, mas faz com que a perda seja menos difícil. Pense o quanto essa mãe e esse pai teria sentido se não houvesse a "simples" troca de palavras entre eles ou, pior ainda, se estivéssem com os relacionamentos rompidos e sem falar uns com os outros. A dor da perda poderia ser incurável. Aproveitei para refletir e tirei a seguinte conclusão: Se alguém estiver vivenciando tensas relações com as pessoas que ama, corrija-se enquanto ainda te

Abel e Caim encontraram-se depois da morte de Abel. Caminhavam pelo deserto e reconheceram-se de longe, porque os dois eram muito altos. Os irmãos sentaram-se na terra, acenderam um fogo e comeram. Guardavam silêncio, à maneira das pessoas cansadas quando declina o dia. No céu assomava uma estrela que ainda não tinha recebido seu nome. À luz das chamas, Caim percebeu na testa de Abel a marca da pedra e deixou cair o pão que estava prestes a levar à boca e pediu que lhe fosse perdoado seu crime. – Tu me mataste ou eu te matei? – Abel respondeu. – Já não me lembro; aqui estamos juntos como antes. – Agora sei que me perdoaste de verdade – disse Caim –, porque esquecer é perdoar. Procurarei também esquecer. – É assim mesmo – Abel falou devagar. – Enquanto dura o remorso, dura a culpa. -  Jorge Luis Borges in “Elogio da Sombra”